Diante dos diferentes caminhos, muitos se questionam: O que nos impulsiona a enveredar por uma rota específica? Existe o livre-arbítrio? Qual a sua relevância, se consideradas variáveis como a genética, o destino, o carma e, ainda, os experimentos da neurociência? Pressionado adicionalmente pelo materialismo, pelas artimanhas de todo tipo de marketing e pelas avançadas tecnologias que pretendem determinar impulsos de compra e opiniões, o livre-arbítrio parece bem tolhido no tempo presente. Contudo, por baixo das camadas materiais, há algo que pulsa no âmago de cada ser humano.
Uma criança pode sempre inspirar melhores comportamentos nos adultos que a cercam. Por elas, podemos experimentar mudar para melhor e, neste processo, também compreender mais sobre suas necessidades.
“Este mandamento, pelo contrário, abrange, em vez da personalidade, o conceito da maternidade e paternidade. Não se dirige, portanto, em primeiro lugar às crianças, mas aos próprios pais, exigindo destes que honrem a paternidade e a maternidade! O mandamento impõe deveres incondicionais aos pais para que conservem sempre completa consciência de sua elevada missão, e com isso também mantenham sempre diante dos olhos a responsabilidade que nela se encontra.”
O que nos faz enveredar por uma determinada alameda, em detrimento de outras? Sujeitos a tantas influências, ainda temos poder de escolha, autonomia e livre decisão? “Quem anda no trilho é trem de ferro. Sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito”, escreve o poeta Manoel de Barros. Que jeitos seriam esses que nossas livres escolhas teriam de caçar para tornarem-se efetivamente livres e saírem de trilhos impostos, tantas vezes por nós mesmos?
“O livre-arbítrio é uma característica do espírito.”
Roselis von Sass