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Cláudia, não pode ser. Brincadeira! Seis meses com essa bicicleta e você ainda
não sabe?
A voz
do rapaz ecoava no silêncio da montanha, na pousada quase deserta.
Fiz um alongamento do fundo da minha rede para ver o que acontecia. Era um casal jovem e bonito. Os mesmos que haviam jantado no restaurante da pousada na noite anterior. O cardápio co- meçava com um creme de...
Sempre que passávamos de carro por aquele parque, eu pensava: “temos que vir fazer um piquenique debaixo dessas árvores”. Idealizava um domingo de manhã reservado à contemplação, com direito a café com leite e pão de queijo, ouvindo o canto dos passarinhos e o vento acariciando as folhas. Sentia-me privilegiada em morar em uma cidade onde há...
Às vezes me sinto cansada desta época,
em que o telejornal consegue ser mais assustador do que um filme de terror. Arrisco-me
numa realidade imaginada, daquelas que só os poetas sabem explicar. “Não quero
ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer
sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada”, brinca Clarice Lispector.
Uma viagem pela história, desde a França do século XVII até os nossos dias. Vivências e decisões do passado encontram sua efetivação no presente, dentro da indesviável lei da reciprocidade. A cada parada da viagem, o leitor se depara com novos conhecimentos e informações que lhe permitem compreender, de modo natural, a razão e o processo do aceleramento dos acontecimentos na época atual.
Acompanhe o desenrolar das múltiplas vivências de
cativantes personagens em torno da busca por uma verdade desconhecida, desde
a França do século XVII até os nossos dias.
A pequena aranha tece, com zelo de artesã, ponto por ponto sua teia. Lança os fios translúcidos de um extremo a outro, trabalhando por horas e horas até obter um magnífico resultado. Sob a luz do sol, vislumbra-se a perfeição da obra desse minúsculo ser. Mas eis que virá o vento, a chuva ou um passante desatento, para pôr fim à completude da obra, destruindo a...
“Se a ideia da interioridade dava
consistência à vida dos indivíduos no passado, hoje vivemos o instantâneo, o
espetáculo.”
Mary del Priore, historiadora
Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela
do que eu?O
conto Branca de Nevefoi publicado pela primeira vez entre 1812 e 1822, mas quem diria? O espelho continua sendo nosso personagem...