Nuvens aromáticas

maio 02, 2023

Imagens de lamparinas rústicas de cerâmica


"Maon levantou-se, puxou a cortina da porta para o lado e saiu. Ele olhou para Kadaschman, Triakoh e o jovem aluno que continuava segurando a cesta, a seguir olhou ao redor, procurando. Onde estava Alaparos? A presença dele era necessária. Quase no mesmo momento chegava o jovem, que ficou aguardando. Maon viu o sereno e confiante olhar e também o brilho no rosto de Alaparos. Com essa constatação seu próprio coração ficou aliviado, e os pensamentos pesados dissolveram-se em nada.

Scham-Haran tirou da cesta um recipiente que continha um pavio, e acendeu-o. Logo depois se evolaram refrescantes e vivificantes nuvens aromáticas. Não demorou muito e ondas desse perfume perpassavam todo o palácio, e por toda a parte seus moradores cruzavam as mãos sobre o peito, inalando fundo a maravilhosa dádiva. A tristeza e a melancolia das últimas horas afastavam-se de seus ânimos, e o fluxo da vida parecia fluir novamente sem turvação."

Roselis von Sass, A Desconhecida Babilônia

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A beleza chega a ser pungente – pulsa e se faz reconhecer fácil e intimamente. É essência e necessidade numa vida que busca inteirezas. 

Por ser tão forte, chega a provocar desconforto ao revelar a ferida. Deflagra aquilo que o cotidiano – coberto com um manto tecido de dor e breu – não consegue ser. Ao iluminar a penumbra costumeira, a beleza constitui-se num lembrete da escassez e pode fazer doer uma saudade. O que parecia conforto passa a ser…

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Então seguiram o caminho até alcançarem o fim da alta planície. O céu irradiava uma indescritível claridade, o Sol declinava e o mar parecia chamejar. No chão branco da margem arenosa e calcária, com leve declive, e cujas beiras eram lavadas pelo mar, pairava um brilho áureo-cintilante...”


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