"A chegada do rei na aldeia era um grande acontecimento. As mulheres reuniram-se na casa de Wania, ajudando-a a preparar um banquete condigno. Enquanto isso as crianças circundavam os dois dragões, oferecendo-lhes guloseimas de mel. Ambos os animais tomaram delicadamente os doces das mãos das crianças e, a seguir, começaram a apanhar pequenas frutinhas dos arbustos ao redor.
Os três homens falavam sobre diversos assuntos relacionados com o êxodo. Gawan confessou que no primeiro momento ficara com pena de deixar sua bela casa e os campos férteis. Contudo, essa manifestação ingrata felizmente não durou muito. Ao contrário.
— Agradecemos ao nosso senhor e rei pela nova pátria já pronta para nos receber. A modificação fará bem a nós todos, pois entrará novamente mais movimento em nossa vida, mais trabalho, e certamente estarão ligados a isso também novos reconhecimentos espirituais!"
Roselis von Sass, Atlântida. Princípio e fim da grande tragédia
"Solitária e sem compreender nada se encontra uma alma no recinto de morte. Sem compreender nada, porque o ser humano que jaz no leito se recusou, durante a sua vida terrena, a acreditar na continuação da vida após deixar o corpo de matéria grosseira, jamais pensando nisso com afinco, e zombando de quantos falavam a tal respeito."
A beleza verdadeira comove e convida ao voo. Ela pode ser capturada pelos sentidos e pela alma. Por isso não é acessório. É bálsamo e cura. Para além daquelas grandiosas, as pequenas belezas acendem uma luz no cotidiano. Podem ser vistas ou também sentidas num gesto, numa ação. Cada pessoa, assim como cada povo, tem sua expressão particular de beleza, atuando como doador e colaborador no engrandecimento do mundo.