Várias encarnações

novembro 19, 2022

Estrada de ferro rodeada de lindas árvores formando um túnel

"Todas as criaturas humanas chegam à Terra várias vezes, para se desenvolver em direção ao alto. O guia deu a Zoroaster, como a um escolar, o problema de pensar, primeiramente, sobre o porquê de o ser humano estar na Terra.
Quando o preparador do caminho conseguiu responder à pergunta de modo que o luminoso ficasse contente, este então mandou-o refletir sobre as repetidas vidas terrenas, e se elas seriam um castigo ou uma graça.
‘Castigo, naturalmente’, queria responder Zoroaster, mas lembrou-se de que nunca mais deveria falar irrefletidamente.
Raciocinando, assim, abriu-se sua visão para a graça divina, que dá aos seres humanos a oportunidade de corrigir o que erraram numa vida e recuperar o que antes tinham negligenciado.
Quando Zoroaster compreendeu isso, abriram-se para ele maravilhosas perspectivas diante das leis inflexíveis de Ahura Mazda e de Sua infinita misericórdia. E por causa dessa misericórdia enviou Seu Filho como salvador e como juiz do Universo."

Zoroaster, Coleção O Mundo do Graal


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Tempo de despedida

julho 27, 2024


Jadasa encostou a cabeça contra a parede onde se achava apoiada, fechou os olhos e começou pensativamente:

— Claros e luminosos degraus conduzem a uma Luz que ninguém poderá descrever. E claros e luminosos entes ajudam as almas a transpor esses degraus para cima, cada vez mais para cima. Há jardins em ambos os lados desses degraus. Maravilhosas e aromáticas flores crescem neles, cuidadas por graciosos entes femininos.

Zoroaster, Coleção o Mundo do Graal
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Valor espiritual

julho 23, 2024


"Somente o compreender pleno e sem lacunas equivale à convicção, a qual unicamente possui valor espiritual!”

Abdruschin, Na Luz da Verdade - Mensagem do Graal
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Abalos Anímicos

julho 20, 2024


Daniela Schmitz Wortmeyer

Ainda me lembro com nitidez daquela cena: ela caminhava apressada com uma folha nas mãos, lendo o conteúdo, enquanto lágrimas se avolumavam em seu rosto. Entrou quase em fuga no vestiário. Eu, que passava pelo corredor nesse exato momento, tive o impulso de segui-la, sentindo que deveria ajudar.

Trabalhávamos em setores distintos, embora próximos, e nossos contatos até então se resumiam a poucas conversas triviais. E eis que, de súbito, me vejo diante dela, agora sentada em um sofá entre os armários do vestiário, com um diagnóstico em mãos: “câncer”. 

O turbilhão em que ela se viu a partir desse dia acabou envolvendo várias pessoas. Entre torrentes de lágrimas, apreensões compartilhadas, histórias inspiradoras contadas, palavras de apoio e carinho, abraços e orações, foi se formando uma comunidade em torno dela, cada um se esforçando para auxiliar como podia. Os laços foram se fortalecendo, pessoas antes dispersas passaram a se integrar e colaborar, sensibilizadas pelo que ocorria.

A partir daquele forte abalo, em que a terra pareceu tremer e escapar de baixo dos pés, muita coisa pôde vir à luz. Nossas conversas cotidianas se tornaram mais profundas e significativas, tocando em temas como a percepção da fragilidade da própria vida, os medos ligados ao que aconteceria consigo e com a família, reflexões sobre o que significou sua jornada até ali, perguntas sobre o real significado da existência, a busca por compreender os porquês, nos campos físico, emocional, espiritual...
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