“Nas praças brotavam as coloridas flores-do-tempo, de forte aroma. Quantas vezes ele próprio, de mãos dadas com o pequeno Alaparos, havia parado ao lado dos canteiros, cuidadosamente preparados, aguardando que os cálices das flores se abrissem! As flores-do-tempo tinham forma de bolinha e somente se abriam quando os raios solares atingiam a Terra em linha vertical. Quando o sol ultrapassava o céu oeste, elas fechavam novamente. Pouco antes, enxames inteiros de abelhas chegavam à procura das flores perfumadas… Todos viviam em harmonia e beleza…”
"Solitária e sem compreender nada se encontra uma alma no recinto de morte. Sem compreender nada, porque o ser humano que jaz no leito se recusou, durante a sua vida terrena, a acreditar na continuação da vida após deixar o corpo de matéria grosseira, jamais pensando nisso com afinco, e zombando de quantos falavam a tal respeito."
A beleza verdadeira comove e convida ao voo. Ela pode ser capturada pelos sentidos e pela alma. Por isso não é acessório. É bálsamo e cura. Para além daquelas grandiosas, as pequenas belezas acendem uma luz no cotidiano. Podem ser vistas ou também sentidas num gesto, numa ação. Cada pessoa, assim como cada povo, tem sua expressão particular de beleza, atuando como doador e colaborador no engrandecimento do mundo.