“Nas praças brotavam as coloridas flores-do-tempo, de forte aroma. Quantas vezes ele próprio, de mãos dadas com o pequeno Alaparos, havia parado ao lado dos canteiros, cuidadosamente preparados, aguardando que os cálices das flores se abrissem! As flores-do-tempo tinham forma de bolinha e somente se abriam quando os raios solares atingiam a Terra em linha vertical. Quando o sol ultrapassava o céu oeste, elas fechavam novamente. Pouco antes, enxames inteiros de abelhas chegavam à procura das flores perfumadas… Todos viviam em harmonia e beleza…”
“Viver é experimentar exatamente isso: cuidar de uma pequena parte, de modo a agregar ao todo. Qual a nossa colaboração na transformação da energia que nos mantém vivos? Qual o melhor encaixe que podemos fazer de nós mesmos dentro de um sistema que já trabalha, por natureza, de forma colaborativa?”
Sibélia Zanon