Fragilidade

outubro 22, 2020

Terra caindo de uma mão com por do sol ao fundo

“— Talvez o senhor tenha visto o espírito dele! disse Tobias cansado.

— Espírito? Markus tentou falar o mais indiferentemente possível. Percebe-se que o senhor já vive há muito tempo na África! Nenhuma pessoa civilizada crê mais em espíritos!

— O senhor e os da sua espécie têm razão! observou Tobias, agora impaciente. O mundo civilizado acredita apenas na sua própria grandeza! Por isso se tornou tão frágil, que vive em constante medo de ruir.”

Roselis von Sass, África e seus Mistérios


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Curupiras, faunos ou Saci

outubro 28, 2025


"
O conhecido “saci”, de uma só perna, certamente faz parte da espécie dos curupiras. Esses entes, quando se locomovem, dão realmente, às vezes, a impressão de que têm apenas uma perna…”


Roselis von Sass,  Revelações Inéditas da História do Brasil

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Beleza Mínima

outubro 25, 2025


Sibélia Zanon

A beleza é mandamento na asa de passarinho. Se assim não fosse, a cor não habitaria tanta pena. Planando em altura e com leveza, a beleza é arrebatamento – um horizonte se deita sob suas asas.

A beleza chega a ser pungente – pulsa e se faz reconhecer fácil e intimamente. É essência e necessidade numa vida que busca inteirezas. 

Por ser tão forte, chega a provocar desconforto ao revelar a ferida. Deflagra aquilo que o cotidiano – coberto com um manto tecido de dor e breu – não consegue ser. Ao iluminar a penumbra costumeira, a beleza constitui-se num lembrete da escassez e pode fazer doer uma saudade. O que parecia conforto passa a ser…

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Natureza abundante

outubro 21, 2025


“Nas escarpadas encostas, que se situavam como proteção, no lado do poente, eles queriam pernoitar. Ali armaram suas peles em forma de tendas, para se protegerem contra o vento da noite. Construíram um pequeno fogão de pedras, para fazerem fogo à noite.

Então seguiram o caminho até alcançarem o fim da alta planície. O céu irradiava uma indescritível claridade, o Sol declinava e o mar parecia chamejar. No chão branco da margem arenosa e calcária, com leve declive, e cujas beiras eram lavadas pelo mar, pairava um brilho áureo-cintilante...”


Éfeso, Coleção o Mundo do Graal

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