As árvores são fontes de frutos e simbologias. As raízes profundas e os galhos abertos conectam chão e céu. Algumas destacam-se na paisagem, podendo ser ponto de referência e bússola para o viajante e comunicação para os povos da floresta.
Assim acontece, por exemplo, com as grandes sumaúmas. Chamadas por alguns de mãe da floresta ou escada para o céu, elas podem alcançar os 70 metros de altura. Por meio da batida em suas sapopemas, ou raízes aéreas, indígenas se comunicam.
Em muitas tradições fala-se sobre a árvore do mundo ou árvore da vida, relacionando-a a uma força sagrada.
Roselis von Sass conta no livro A Grande Pirâmide Revela seu Segredo que no reino dos grandes seres da natureza há uma árvore extraordinária, conhecida por árvore do Universo. Ela se faz ponte e pulsação entre ser humano e natureza.
“Seu tronco compõe-se de vários troncos gigantes, e seus galhos cobririam nosso pequeno planeta Terra, tão grande ela é. É uma árvore isolada, no meio de uma planície de musgo verde-brilhante, como veludo. A folhagem também é verde. Aliás, de um verde indescritivelmente belo e brilhante. O colossal tronco, que nem cem pessoas poderiam abraçar, é vermelho, e vermelhas são também as suas maravilhosas flores. Os frutos áureos amadurecem dentro das grandes flores vermelhas. As cores dessa árvore têm sons. Sua irradiação assemelha-se a transparentes véus de neblina de ouro.
O mistério dessa árvore única, porém, encontra-se nas raízes. Essas raízes, cujas extremidades penetram em todo o nosso sistema planetário, são transparentes como vidro, possuindo dupla função. Estão ao mesmo tempo dando e recebendo.
Essa árvore também é denominada, muitas vezes, ‘árvore da vida’, pois a força do amor dos mais altos e mais fortes dschedjins, que criaram e continuam criando nossos mundos, flui doando através dos incontáveis e misteriosos canais de raízes.
Essa força liga os seres humanos terrenos à pulsação da natureza, proporcionando-lhes calor e ardor.”
“Vozes! Vêm de muito longe… Falam da grandeza de um povo proveniente dos altiplanos dos Andes e que em amor, bondade e sabedoria estava ligado a tudo quanto é criado… Era um povo que há dois mil anos ainda estava livre de culpas…"
Roselis von Sass, A Verdade sobre os Incas