Perguntar pelos porquês

agosto 10, 2021

Pequena pá de jardim com muda para plantar

“Os muitos sofrimentos humanos tiveram início no passado! Hoje cada um colhe apenas aquilo que no decorrer de suas muitas peregrinações terrenas semeou.”


Roselis von Sass, O Livro do Juízo Final

Desde cedo, a criança tem sua curiosidade despertada pelo mundo. A famosa fase dos “porquês” é intensa. As perguntas jorram sem censura, nascem das experimentações com o corpo, com a natureza e com os mais diversos objetos. Perguntas que são guiadas por estranhamento e muito encantamento. Perguntar pelos porquês é sinal de saúde, de vivacidade, instiga o ânimo por soluções, é uma janela para novas paisagens, possibilita a entrada de ar fresco. 

Crescemos e continuamos questionando. Ignorar o ímpeto pelas perguntas que nos cutucam é uma forma de abafar a vivacidade interior que nos move em direção a buscas profundas. O que é vivo instiga ao movimento e não quer ser ignorado. Assim, muitas vezes somos sacudidos pela vida para um novo passo em busca de novas respostas.

Se o encantamento brota perguntas, o sofrimento, que inevitavelmente nos toca em algum momento da vida, também o faz. “A mais ninguém é possível viver surda e cegamente, colocando-se de lado, pois o sofrimento chega para cada um de alguma forma. Quer rico, quer pobre… ninguém fica preservado!”, escreve Roselis von Sass em O Livro do Juízo Final. 

O sofrimento e a alegria vêm em ondas e sempre têm a potência de trazer novas percepções, são gatilhos para novas descobertas. O proveito que tiramos desses gatilhos depende de como reagimos perante as diferentes situações que a vida nos apresenta.

A ideia de autoria e responsabilidade está muito relacionada à nossa maneira de reagir aos acontecimentos. Quando não reconhecemos a própria responsabilidade em relação ao que a vida traz, buscamos os culpados, assumimos o papel de vítima. Quando assumimos a própria responsabilidade, ganhamos o poder de ação perante o que acontece, gerando novos desdobramentos. 

Se não fossem as alegrias, os sofrimentos e o poder de questionar, seríamos, provavelmente, menos humanos e, certamente, menos interessantes e vivazes.

“Por que tanto sofrimento terreno? Por que, aliás, o ser humano vem ao mundo? Somente para sofrer e após um maior ou menor número de anos morrer novamente? Onde está nisso o sentido da vida? E por que um Juízo Final e um ajuste? E onde fica o livre-arbítrio que, conforme consta, o ser humano possui, se ele está exposto a todos os golpes do destino? (…)
Perguntas sobre perguntas!… E todas são justificadas. Cada pessoa que deseja encontrar a redenção deve ocupar-se com o ‘porquê’ das coisas. Erguer as mãos em resignação, em revolta ou em desespero, não adianta a ninguém. Ela deve pesquisar pelo ‘porquê’. Ela própria deve procurar! ”


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