“Não é em vão que nas recordações da infância se insere uma leve melancolia. Trata-se do sentimento inconsciente de ter perdido alguma coisa que deixou um vazio, a incapacidade de intuir ainda infantilmente.
Mas decerto tendes notado muitas vezes o efeito maravilhoso e revigorante que causa uma pessoa, apenas com sua presença silenciosa, de cujos olhos irrompe de vez em quando um brilho infantil.
O adulto não deve esquecer que o infantil não é pueril. Ignorais, porém, por que o infantil pode atuar assim, o que ele é na realidade! E por que Jesus disse: Tornai-vos como as crianças!”
Abdruschin, Na Luz da Verdade – Mensagem do Graal
“— E de amor também? perguntou Maya, interferindo na conversa. Não podia ela imaginar que uma criança sem mãe de nada sentisse falta.
— Como não?! Com amor e carinho também, reafirmou, com ênfase, o príncipe. E, quanto mais eu crescia, mais ia reconhecendo aquela desvelada abnegação, nascida não de conveniências sociais, mas capaz de dar a vida pelo ente querido, se preciso fosse. Esse, sim, é o verdadeiro amor.”
"— És mais agraciado do que nós, Saadi, por conseguires ver os pequenos seres e falar com eles, falou o príncipe, quase triste. Receio não sermos suficientemente puros para isso. Perdemos essa graça."
Zoroaster, Coleção o Mundo do Graal