“Emengal começou a falar:
— Quero expressar minha gratidão ao Onipotente! Exatamente como vós! Mas o que é gratidão? Alguém pode dizer-me o que entende por gratidão?
— Eu não sei o que é gratidão! disse um dos ajudantes. Posso, no entanto, dizer que nunca senti tanta alegria como durante o tempo em que me foi permitido colaborar. Talvez alegria signifique gratidão! Não sei bem ao certo, disse ele quase envergonhado.
— Mais alguém pode dizer-me o que entende por gratidão?
O mestre de metais levantou sua mão. Emengal acenou convidando-o a falar.
— Talvez seja gratidão sentir felicidade! Eu sempre fui feliz, desde pequeno. Feliz por me ser
permitido trabalhar nos metais até o fim da vida. Feliz por me ser concedido conhecer o amor! Talvez a
gratidão esteja escondida na felicidade e na alegria! Depois, o homem baixou a cabeça, sentando-se
de novo.
— Vossas respostas me alegram, pois eu intuí que jamais tivestes nos lábios a palavra ‘gratidão’, mas sim que a gratidão esteve ligada a toda a vossa vida!”
Roselis von Sass, A Desconhecida Babilônia