“Todos os antigos povos da Terra celebravam, em agradecimento, festas em sua honra. Mesmo quando teve início a decadência humana, isto é, quando não havia mais templos nem locais especiais de culto, acendiam-se anualmente, em meados de junho, os fogos em honra do Sol. Eram sempre dias festivos. Os seres humanos cantavam hinos em seu louvor e pediam que ele, o “Fulgurante”, brilhasse beneficamente sobre suas sementes. No decorrer desses dias e noites festivas colhiam-se ervas curativas e plantavam-se certas árvores, arbustos e flores; as pessoas mais jovens e as crianças dançavam em volta das fogueiras, e as gerações mais velhas entoavam em coro canções de agradecimento em honra de Apolo…
Todas as fogueiras em homenagem ao Sol acendiam-se quando este se achava em seu ponto mais alto, isto é, ao meio-dia. Às vezes alguns poucos, geralmente crianças, podiam ver nessa hora o senhor do Sol nos ares. Quando isso sucedia, um júbilo indescritível reinava entre os participantes das festividades…”
Roselis von Sass, O Livro do Juízo Final

Daniela Schmitz Wortmeyer
Ao observar os primeiros passos de uma criança, vislumbramos princípios que norteiam o desenvolvimento durante toda a vida. Para aprender a caminhar, é preciso passar por várias etapas: desde os primeiros esforços para erguer a cabeça, sustentar o corpo na posição sentada, rastejar pelo solo, engatinhar, até o ensaio dos primeiros passos… Trata-se de um processo que envolve experimentação, tentativas e erros, em que as capacidades da criança vão sendo gradualmente desenvolvidas. Seus esforços costumam ser acolhidos com naturalidade, compreensão e apoio, e cada nova possibilidade explorada se torna motivo de alegria.
Com o passar do tempo, porém, passamos a enfatizar certos indicadores de “sucesso”, deixando de valorizar o…
Fernando J. Marques, Reflexões sobre Temas Bíblicos, Coleção o Mundo do Graal

