No grande aquário com vidros arredondados, que ia quase até o teto do restaurante, não havia peixes extraordinários. Havia apenas alguns peixes um tanto pequenos para o tamanho do aquário, talvez peixes de 8 a 11 centímetros de comprimento em tons de marrom e alguns daqueles listrados em amarelo e preto, lembrando o Nemo. Entre os pequenos, nadavam dois peixes pretos, um pouco mais corpulentos, de uns 18 centímetros.
No fundo do aquário havia pedrinhas pequenas granuladas, alguns pequenos troncos decorativos e… plantas de plástico. Uma delas tinha uma haste verde de uns 8 centímetros de altura com flores em tom pink de uns 4 centímetros de diâmetro.
Enquanto eu devorava minha feijoada, olhei para o lado. Um dos peixes pequenos tentava, sem sucesso e por consecutivas vezes, devorar a flor pink de plástico.
Fiquei pensando em tudo o que parece, mas não é, como aquela comida colorida, que lembrava as cores incríveis dos corais dos mares, mas não passava de um engodo, uma ilusão. Senti-me solidária e, em parte, parecida com o peixe.
Quantas vezes não me vi – e ainda me vejo – consumindo uma porção de coisas ilusórias e de plástico? Desde as comidas bonitas e cheias de açúcar refinado ou gordura hidrogenada, que a longo prazo matam em vez de alimentar, até ideias e necessidades fabricadas e – bem recebidas por uma maioria –, que não combinavam com o que eu queria ser.
Acho que o dono do restaurante quis alegrar os clientes, colocando o aquário. Mas penso que ele também caiu na armadilha das ilusões de plástico. Parece alegria, mas não é.
"Uma onda de força perfluiu-o, e o conceito de tempo desapareceu por alguns instantes. Sentiu-se arrastado para dentro de uma radiosa corrente de Luz da eternidade, que conduzia a um mundo de paz e amor. ‘Honra a Deus nas alturas!…’ é o que cantava e soava em seu íntimo, ao voltar do mundo de Luz que se abrira ao seu espírito…"
"Com o tempo desenvolveu-se entre os colonizadores espalhados nas margens do grande rio um movimentado intercâmbio com os produtos de seu trabalho.
Eles utilizavam as vias navegáveis para o transporte de suas mercadorias. Com isso se mesclavam os grupos de tribos isoladas. Um aprendia com o outro; um regozijava-se com o progresso do outro, aproveitando suas experiências.
Assim eles eram elos úteis na corrente das forças servidoras desta Criação. Outra coisa também não deveriam ser. Imaculada e límpida permanecia a sua vontade. Quais crianças alegres e cheias de gratidão, serviam ao Criador e ajudavam-se mutuamente."
Aspectos do Antigo Egito, Coleção o Mundo do Graal