Tentar colocar-se no lugar
do outro. Mas... onde fica esse lugar? Em meio a relações despersonalizadas e,
por vezes, mecânicas, a empatia vem no contrafluxo, convidando-nos a olhar sob
o ponto de vista do outro. Tarefa desafiadora essa de atravessar o penhasco que
separa quem eu sou de quem o outro é. Para conquistá-la, precisamos nos
deslocar do próprio centro de referências, sair do conforto das certezas. Esse
difícil deslocamento abre as portas para a humildade, pois visualizar a
distância que existe entre duas individualidades leva à percepção de que
estamos longe de julgar o outro de forma assertiva.
“Um verdadeiro sábio haure forças do sofrimento e das decepções, que o conduzem a novos e mais elevados reconhecimentos. Nunca se deixará deprimir tanto, que venha a cair.”
Roselis von Sass, Sabá, o País das Mil Fragrâncias
“Desde pequenos os incas estavam familiarizados com as forças da natureza. Sabiam sempre quais os espíritos da natureza que trabalhavam, quando algo acontecia nos reinos da natureza.”
O demasiado apego a aspectos mutáveis da existência – como pessoas, bens, lugares, rotinas e posições sociais – decorre da ilusão de, com isso, evitar o desassossego e, quem sabe, o sofrimento decorrente da transformação.