Os dragões aparecem nas tradições mitológicas de diversos povos. Na China, por exemplo, o dragão é uma figura associada à abundância, prosperidade e fortuna.
Eles também são figuras recorrentes no cinema, nos brinquedos e no imaginário de muitos, que pegariam de bom grado uma carona nesses répteis gigantes, capazes de planar no ar.
Dizem que o animal que hoje mais lembra um dragão é o dragão de Komodo, que vive na Indonésia, tem até 3 metros de comprimento e chega a pesar 70 quilos. Trata-se do maior lagarto do mundo.
Hoje, para muitos, o relacionamento entre humanos e dragões parecerá fantasioso e improvável.
Mas num tempo em que o medo e a tristeza não permeavam a relação entre seres humanos e animais, tudo pode ter sido muito diferente.
A admiração ou paixão que muitos nutrem pelos dragões voadores pode até ser uma saudade ou uma lembrança dessa relação de confiança e respeito com tudo o que é da natureza. Coisas que merecem ser resgatadas.
“Voar em dragões constituía uma vivência única, com a qual cada homem sonhava desde a juventude. Considerando o grande número desses animais que vivia naquela época no país, havia relativamente poucos ‘voadores’ de dragões. Os responsáveis por isso eram os próprios dragões, pois comportavam-se de maneira muito peculiar na escolha do homem a quem estavam dispostos a reconhecer como amo. Sim, os dragões escolhiam seu amo, e não o contrário.
Vejamos: um homem que desejasse voar em dragões, tinha de procurar uma fêmea de dragão. Isso demorava alguns dias ou semanas, conforme a região onde ele habitasse. Tendo encontrado o animal, tinha de aproximar-se dele. A melhor hora para isso era à tardinha, quando os dragões estavam sentados, satisfeitos, perto de suas grutas. O visitante humano, naturalmente, não vinha de mãos vazias. Trazia consigo gulodices que esses animais comiam com especial prazer. Eram doces de mel enrolados em folhas.
O dragão observava com a cabeça bem erguida e sem o menor movimento a aproximação do estranho. O cheiro e tudo o mais que emanava desse estranho já há muito tinha chegado até ele, tendo sido ‘examinado’.
Se o resultado do ‘exame’ fosse favorável, o dragão movia seu pescoço comprido de um lado para outro, como num cumprimento, enquanto suas asas vibravam levemente.
Ao ver esses sinais, o estranho aproximava-se rapidamente do animal, passava a mão carinhosamente pelo pescoço escamoso e ofertava-lhe os doces de mel, que eram aceitos de bom grado. A união ou pacto estava então selado, perdurando geralmente por toda a vida.”
Maria de Fátima Seehagen
O número de dias que antecedem o Natal aumentou! O movimento da maioria das pessoas em torno desta data, também... Parece urgente iniciar as celebrações mais cedo. Uns correm atrás de presentes, outros atrás de comidas, outro tanto se prepara para as férias e para rever os parentes e amigos queridos...
Na mídia enormes papais-noéis invadem todos os horários publicitários, prometendo as mais diversificadas sensações...
Tocar a vida com cuidado: escutar e ser escutado, apoiar e ser apoiado. Fortalecer a colaboração em vez da competição. Cuidar de si — do corpo ao pensamento — para que a própria potência possa expressar-se. O ato de cuidar sustenta a base da vida e atravessa a existência inteira, de forma visível e também invisível, tecendo redes interdependentes de nutrição e afeto.

Daniela Schmitz Wortmeyer
Ao observar os primeiros passos de uma criança, vislumbramos princípios que norteiam o desenvolvimento durante toda a vida. Para aprender a caminhar, é preciso passar por várias etapas: desde os primeiros esforços para erguer a cabeça, sustentar o corpo na posição sentada, rastejar pelo solo, engatinhar, até o ensaio dos primeiros passos… Trata-se de um processo que envolve experimentação, tentativas e erros, em que as capacidades da criança vão sendo gradualmente desenvolvidas. Seus esforços costumam ser acolhidos com naturalidade, compreensão e apoio, e cada nova possibilidade explorada se torna motivo de alegria.
Com o passar do tempo, porém, passamos a enfatizar certos indicadores de “sucesso”, deixando de valorizar o…
