O mês de dezembro sempre se revestiu de um encanto especial, desde minha infância, mas hoje os sentimentos parecem tão nostálgicos, tão diferentes... Um amigo me disse que essa é a época da melancolia na cidade, que é preciso tomar cuidado com os ânimos depressivos. Interessante como coexistem movimentos aparentemente tão ambíguos: a agitação das festas de fim de ano, a correria dos preparativos e finalizações, a expectativa de férias, diversão, comidas, bebidas e encontros, e por outro lado uma teimosa sensação de isolamento, de ausência de sentido, de vazio.
Vez por outra tenho percebido essa conotação melancólica nas pessoas e em mim mesma. Parece haver uma dificuldade geral de se encantar com a vida, de sentir espontânea alegria – como era natural na infância. E o Natal parece trazer essa constatação com maior intensidade.
Continue lendo no livrete “Reflexões sobre o Natal” abaixo:
"O ser humano só pode aproveitar-se das forças portadoras da vontade de Deus se as estudar direito, isto é, se as reconhecer e orientar-se por elas. O contar com elas ou orientar-se por elas é, porém, na realidade, nada mais do que um adaptar-se...”
Estamos atentos a como alimentamos nossos pensamentos, sentimentos e intuições? Buscamos evitar o que nos intoxica e agregar o que realmente nutre e beneficia?
Tenho a impressão de que, em meio à avalanche de informações e preocupações que nos sobrecarregam atualmente, não temos tanta clareza sobre o quanto a “dieta mental” que consumimos afeta profundamente nosso bem-estar e desenvolvimento em sentido amplo.
Daniela Schmitz Wortmeyer