O mês de dezembro sempre se revestiu de um encanto especial, desde minha infância, mas hoje os sentimentos parecem tão nostálgicos, tão diferentes... Um amigo me disse que essa é a época da melancolia na cidade, que é preciso tomar cuidado com os ânimos depressivos. Interessante como coexistem movimentos aparentemente tão ambíguos: a agitação das festas de fim de ano, a correria dos preparativos e finalizações, a expectativa de férias, diversão, comidas, bebidas e encontros, e por outro lado uma teimosa sensação de isolamento, de ausência de sentido, de vazio.
Vez por outra tenho percebido essa conotação melancólica nas pessoas e em mim mesma. Parece haver uma dificuldade geral de se encantar com a vida, de sentir espontânea alegria – como era natural na infância. E o Natal parece trazer essa constatação com maior intensidade.
Continue lendo no livrete “Reflexões sobre o Natal” abaixo:
“Quão restrita e limitada é, contudo, a capacidade de compreensão do cérebro, que tem de continuar ligado firmemente ao espaço e ao tempo. Já a eternidade e o sentido do infinito não consegue um cérebro humano abranger.”
Abdruschin, Na Luz da Verdade - Mensagem do Graal
“(…) os festejos juninos, em que eram acesos os ‘fogos pagãos’ em homenagem ao Sol, foram associados com o aniversário de João Batista, festejado pelos cristãos no dia vinte e quatro de junho. E os seres humanos que com o decorrer do tempo se converteram ao cristianismo, denominaram apenas de ‘fogos juninos’ as fogueiras em reverência ao Sol, que antes eram acesas para agradecer a Apolo, e que eram chamadas de ‘fogos de solstício’.”
Roselis von Sass, O Livro do Juízo Final