A graça perdida

maio 06, 2025


"Quando acamparam ao relento, o príncipe mandou armar tendas. Isso era desconhecido para Saadi. Preferiu dormir sob o céu estrelado.

— Não tens medo de cobras? perguntaram os outros.

— Peço aos pequenos, e eles afastam-nas de mim enquanto durmo, foi a calma resposta de Saadi.

— Que pequenos? quiseram saber os companheiros.

— Os pequenos servos de Ahura Mazda, respondeu Saadi com naturalidade.

Novamente riram-se os outros. E mais uma vez o príncipe proibiu-lhes disso, solicitando de Saadi que lhes falasse sobre esses invisíveis servos de Ahura Mazda, com os quais ele, Saadi, o mais novo do grupo, estava tão familiarizado.

— És mais agraciado do que nós, Saadi, por conseguires ver os pequenos seres e falar com eles, falou o príncipe, quase triste. Receio não sermos suficientemente puros para isso. Perdemos essa graça."


Zoroaster, Coleção o Mundo do Graal

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O Caminho para a Verdade

novembro 18, 2025


“Muitos necessitam frequentar igrejas. De como ele, o ser humano individual, se abre nisso, tanto assim receberá. Muitas pessoas chegam à devoção apenas nas florestas, outras diante do mar, outras, por sua vez, pela música, e muitíssimas pessoas, realmente, nas igrejas. Essas pessoas não devem esquivar-se das igrejas!”

Abdruschin, Respostas a Perguntas

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Curupiras, faunos ou Saci

outubro 28, 2025


"
O conhecido “saci”, de uma só perna, certamente faz parte da espécie dos curupiras. Esses entes, quando se locomovem, dão realmente, às vezes, a impressão de que têm apenas uma perna…”


Roselis von Sass,  Revelações Inéditas da História do Brasil

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Natureza abundante

outubro 21, 2025


“Nas escarpadas encostas, que se situavam como proteção, no lado do poente, eles queriam pernoitar. Ali armaram suas peles em forma de tendas, para se protegerem contra o vento da noite. Construíram um pequeno fogão de pedras, para fazerem fogo à noite.

Então seguiram o caminho até alcançarem o fim da alta planície. O céu irradiava uma indescritível claridade, o Sol declinava e o mar parecia chamejar. No chão branco da margem arenosa e calcária, com leve declive, e cujas beiras eram lavadas pelo mar, pairava um brilho áureo-cintilante...”


Éfeso, Coleção o Mundo do Graal

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