A graça perdida

maio 06, 2025


"Quando acamparam ao relento, o príncipe mandou armar tendas. Isso era desconhecido para Saadi. Preferiu dormir sob o céu estrelado.

— Não tens medo de cobras? perguntaram os outros.

— Peço aos pequenos, e eles afastam-nas de mim enquanto durmo, foi a calma resposta de Saadi.

— Que pequenos? quiseram saber os companheiros.

— Os pequenos servos de Ahura Mazda, respondeu Saadi com naturalidade.

Novamente riram-se os outros. E mais uma vez o príncipe proibiu-lhes disso, solicitando de Saadi que lhes falasse sobre esses invisíveis servos de Ahura Mazda, com os quais ele, Saadi, o mais novo do grupo, estava tão familiarizado.

— És mais agraciado do que nós, Saadi, por conseguires ver os pequenos seres e falar com eles, falou o príncipe, quase triste. Receio não sermos suficientemente puros para isso. Perdemos essa graça."


Zoroaster, Coleção o Mundo do Graal

Leia mais



Leia Também

Ciência da Natureza

abril 22, 2025

“O ser humano de hoje percebe com seus órgãos sensoriais apenas um pequeno setor do grande e verdadeiro mundo que o circunda!

Astronomia é a ciência da natureza! Para pesquisar os segredos da natureza, necessário se faz a participação da intuição. Ela provém do espírito, estando em ligação com o mundo espiritual...”


Roselis von Sass - Os Primeiros Seres Humanos

Leia Mais
Direitos iguais

fevereiro 08, 2025



“- Os ursos querem que tomemos banho junto com eles! exclamou um dos incas, enquanto se dirigia até o urso que estava no meio do rio. Visivelmente contentes por tanta compreensão, todos os ursos se lançaram à água. Mergulhavam, arfavam e cutucavam sempre de novo os seres humanos que pescavam seus ponchos. Somente quando um dos incas jogou bastante água nos ursos, eles sossegaram, troteando rio abaixo.

- Temos de procurar um outro local para nossas casas de provisões! disse um dos mestres-de-obras. Encontramo-nos numa região pertencente aos ursos. 

Roselis von Sass, A Verdade Sobre os Incas

Leia Mais
A Festa do Ano-Novo

dezembro 31, 2024


“A Festa do Ano-Novo era a mais importante do ano todo, pois cada um que se sentisse de algum modo ligado aos sabeus vinha a Sirwah para coparticipar das comemorações que durava sete dias. Era um panorama rico em cores, quando os xeques dos mineus e himiaritas, descendendo em parte ainda de estirpes reais, entravam solenemente montados em seus camelos e cavalos, festiva e ricamente adornados.”

Roselis von Sass, Sabá. O País das Mil Fragrâncias
Leia Mais