“Todas as vezes que surpreendia o pai com disposição de contar histórias, assaltava-o com uma torrente de perguntas, curioso em saber coisas de sua infância ou do passado longínquo da família. Certo dia, havia insistido de tal maneira com o pai, que este acabou cedendo em prestar as informações que o menino desejava.
— Meu irmãozinho tem o nome do meu avô. Era o teu pai? Ouço falar que o povo tem grande respeito pelo príncipe Suddhôdana, mas, de minha avó, nada sei até hoje. Era bonita como mamãe?
— Sim, era bonita como tua mãe e tinha o mesmo nome dela: chamava-se Maya. Pertencia a uma estirpe de príncipes, do outro lado do Himalaia. Nunca cheguei a vê-la. Morreu poucos dias depois que nasci.
— Então, tu ficaste sem mãe? E quem tratou de ti?
— O velho e devotado Kápila, nosso servo, que, naquele tempo, ainda era moço, e Kusi, sua mulher. Meu pai não dispunha do necessário tempo para cuidar de mim: os seus vizinhos davam-lhe muito que fazer. Pretendiam arrebatar-lhe as terras, de sorte que ele se via sempre forçado a se ausentar em expedições militares, a fim de enxotá-los das fronteiras. Nunca, porém, me faltou nada. A dedicação dos dois me rodeava de tudo quanto uma criança tem necessidade.
— E de amor também? perguntou Maya, interferindo na conversa. Não podia ela imaginar que uma criança sem mãe de nada sentisse falta.
— Como não?! Com amor e carinho também, reafirmou, com ênfase, o príncipe. E, quanto mais eu crescia, mais ia reconhecendo aquela desvelada abnegação, nascida não de conveniências sociais, mas capaz de dar a vida pelo ente querido, se preciso fosse. Esse, sim, é o verdadeiro amor.”
Buddha, Coleção o Mundo do Graal
“Só poderá permanecer livre dessas influências furiosas, que agora estão soltas pelo mundo em sua missão de devastação, assim como de qualquer outra influência de configurações más, aquele ser humano que tiver algo contrário dentro de si em relação à espécie básica ruim delas, ou seja: amor no lugar de ódio, nobreza...”
Roberto C. P. Junior - Jesus Ensina as Leis da Criação
“Cada vida terrena é, sim, uma dádiva do Amor do onipotente Criador, presente em toda Sua obra gigantesca, e assim também neste nosso plano material. Cada esporo, cada óvulo ou ovo fecundado – os zigotos de seres humanos e animais – encerram em si a promessa da continuação do grandioso espetáculo da vida...”
“A primeira intuição que se manifesta quando desperta o amor puro é o julgar-se indigno diante do ser querido. Com outras palavras, pode-se descrever esse fenômeno como o princípio da modéstia e da humildade, portanto, o recebimento de duas grandes virtudes.”
Abdruschin, Na Luz da Verdade - Mensagem do Graal