Tanta bondade

maio 25, 2024


"A multidão passou por Maria. Automaticamente ela ficara parada, porque não queria ser arrastada nessa correnteza, ainda não fazia parte deles. Somente atrás dos últimos ela queria seguir. Mas então chegou outro grupo de pessoas. Essa gente parecia aglomerar-se em torno de um ponto central. Lentamente, também esse grupo se aproximava da mulher que estava aguardando.

Alguns homens jovens vinham à frente. Figuras bonitas e imponentes encontravam-se entre eles. Mas chamou sua atenção que esses eram ríspidos e fechados para com as pessoas. De preferência, Maria teria desaparecido dentro da terra. Mas ela gostava daqueles homens, pois partia deles um brilho de pureza. Mas por que essa severidade? Onde ficava o amor brando que consola as almas que procuram? Ela estava com receio.

Seriam esses os discípulos do profeta?

Então ela ouviu uma voz repreendendo-os bondosa, porém firmemente, por serem tão severos.

— Lembrai-vos da hora em que estivestes à beira do lago e perguntastes: Senhor, é-nos permitido ir contigo?

Maria prostrou-se de joelhos, levantou as mãos e olhou para cima. Era ele que nesse momento passava, e que havia dito isso.

Fora tão simples, encerrando, contudo, um mundo de amor, de advertência, de repreensão e tanto ânimo para os que procuravam.

‘Se esse homem tem tanta bondade, então a ti também será permitido aproximar-se dele, Maria!’

Isso lhe falou a voz interior. Mas ele já havia passado, antes que ela se tornasse realmente consciente de sua presença. Mas um olhar atingira-a! E esse olhar traspassara sua alma como um raio. Parecia-lhe que ele, com esse olhar, havia visto toda a sua vida. E mais uma coisa ainda chamou sua atenção. Ele tinha a aparência de um romano, mas um segundo rosto, muito mais luminoso, ela havia visto dentro dele.

Ela ainda estava ajoelhada à beira da estrada. Um pequeno grupo atrasado estava chegando. Duas mulheres aproximaram-se dela. Também elas traziam um brilho claro na testa, e uma paz serena emanava delas. Solicitude e bondade!

Amavelmente levantaram a mulher abalada, aceitando-a em seu meio. Uma onda de força refrescante perfluiu Maria. Essas mulheres possuíam algo que Maria sempre tanto almejara, possuíam amor e pureza, e a simplicidade da sua maneira de ser dava-lhes um grande encanto. Maria sentia-se abrigada."

Os Apóstolos de Jesus, Coleção o Mundo do Graal 

Conheça a obra 


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Roberto C. P. Junior - Jesus Ensina as Leis da Criação


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