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“Entoavam canções nas quais vibravam alegria e agradecimento, mas também uma certa tristeza. Tristeza por serem obrigados a abandonar seus queridos animais, que eram livres, e, mesmo assim, tinham vivido ali junto deles. Desde quando a lembrança alcançava, os animais foram sempre seus companheiros.
No dia da partida, quase todos choravam. Olhavam para suas pequenas e firmes casas de pedra, para a água conduzida a casas e campos cultivados e para os prados floridos… Contudo, a tristeza não durou muito. O senhor do Sol, Inti, atraiu a atenção deles para seu astro. Admirados, olhavam para cima e viam amplos círculos coloridos, semelhante ao dia em que o cometa foi visto no céu. Só que agora os círculos e as irradiações eram mais intensos e mais fulgentes. E todos intuíram que Inti lhes transmitia uma mensagem. Uma mensagem de segurança e confiança.
‘— Inti está sobre nós! exclamou uma mulher jubilosamente. Ele permanecerá sobre nós, para onde quer que nos dirijamos!’
Sorridentes, acenavam todos para o Sol.
‘— E os animais ficam sob sua proteção! exclamou uma moça confiantemente.’”
Roselis von Sass, A Verdade sobre os Incas
“A festa da espiga de milho era algo especial. Muitos incas, principalmente camponeses denominados plantadores, viam durante a época de amadurecimento, entre os pés de milho, “espíritos” que desde os primórdios guardavam e cuidavam das sementes de cereais de toda a Terra para os seres humanos.”
Roselis von Sass, A Verdade Sobre os Incas
Conhecer um pouco mais sobre os povos originários da América do Sul é resgatar os traços culturais que nos tornam únicos.
“- Os ursos querem que tomemos banho junto com eles! exclamou um dos incas, enquanto se dirigia até o urso que estava no meio do rio. Visivelmente contentes por tanta compreensão, todos os ursos se lançaram à água. Mergulhavam, arfavam e cutucavam sempre de novo os seres humanos que pescavam seus ponchos. Somente quando um dos incas jogou bastante água nos ursos, eles sossegaram, troteando rio abaixo.
- Temos de procurar um outro local para nossas casas de provisões! disse um dos mestres-de-obras. Encontramo-nos numa região pertencente aos ursos. ”
