
Sibélia Zanon
Durante alguns meses, segui uma sugestão e fiz um diário de gratidão, anotando a cada noite, em um caderno especial, as cinco coisas pelas quais eu poderia agradecer naquele dia.
Nos dias difíceis, a tarefa parecia mais complicada porque o pensamento não achava atalho para mudar de sintonia. Mas depois de um tempo, notei que sair de um ciclo costumeiro e buscar as coisas boas tinha um impacto real na minha forma de avaliar o dia. Segundo Sarah Ban Breathnach, “reconhecer permanentemente o que está funcionando nas nossas vidas pode nos ajudar não apenas a sobreviver, mas a superar as dificuldades”.
Reconhecer o que funciona e fazer uma lista de coisas boas é quase um ato de rebeldia nesses tempos, em que reclamar tornou-se hábito social.
E quanto desse hábito já incorporamos no nosso cotidiano sem refletir? Enquanto se reclama da chuva, pouco se pensa no que significa o fato de ela cair. Quantas vezes na vida já reclamamos da chuva? E quantas vezes agradecemos pela água?
Maria de Fátima Seehagen
O número de dias que antecedem o Natal aumentou! O movimento da maioria das pessoas em torno desta data, também... Parece urgente iniciar as celebrações mais cedo. Uns correm atrás de presentes, outros atrás de comidas, outro tanto se prepara para as férias e para rever os parentes e amigos queridos...
Na mídia enormes papais-noéis invadem todos os horários publicitários, prometendo as mais diversificadas sensações...
Tocar a vida com cuidado: escutar e ser escutado, apoiar e ser apoiado. Fortalecer a colaboração em vez da competição. Cuidar de si — do corpo ao pensamento — para que a própria potência possa expressar-se. O ato de cuidar sustenta a base da vida e atravessa a existência inteira, de forma visível e também invisível, tecendo redes interdependentes de nutrição e afeto.

Daniela Schmitz Wortmeyer
Ao observar os primeiros passos de uma criança, vislumbramos princípios que norteiam o desenvolvimento durante toda a vida. Para aprender a caminhar, é preciso passar por várias etapas: desde os primeiros esforços para erguer a cabeça, sustentar o corpo na posição sentada, rastejar pelo solo, engatinhar, até o ensaio dos primeiros passos… Trata-se de um processo que envolve experimentação, tentativas e erros, em que as capacidades da criança vão sendo gradualmente desenvolvidas. Seus esforços costumam ser acolhidos com naturalidade, compreensão e apoio, e cada nova possibilidade explorada se torna motivo de alegria.
Com o passar do tempo, porém, passamos a enfatizar certos indicadores de “sucesso”, deixando de valorizar o…
