Sibélia Zanon
Durante alguns meses, segui uma sugestão e fiz um diário de gratidão, anotando a cada noite, em um caderno especial, as cinco coisas pelas quais eu poderia agradecer naquele dia.
Nos dias difíceis, a tarefa parecia mais complicada porque o pensamento não achava atalho para mudar de sintonia. Mas depois de um tempo, notei que sair de um ciclo costumeiro e buscar as coisas boas tinha um impacto real na minha forma de avaliar o dia. Segundo Sarah Ban Breathnach, “reconhecer permanentemente o que está funcionando nas nossas vidas pode nos ajudar não apenas a sobreviver, mas a superar as dificuldades”.
Reconhecer o que funciona e fazer uma lista de coisas boas é quase um ato de rebeldia nesses tempos, em que reclamar tornou-se hábito social.
E quanto desse hábito já incorporamos no nosso cotidiano sem refletir? Enquanto se reclama da chuva, pouco se pensa no que significa o fato de ela cair. Quantas vezes na vida já reclamamos da chuva? E quantas vezes agradecemos pela água?