Sibélia Zanon
Durante alguns meses, segui uma sugestão e fiz um diário de gratidão, anotando a cada noite, em um caderno especial, as cinco coisas pelas quais eu poderia agradecer naquele dia.
Nos dias difíceis, a tarefa parecia mais complicada porque o pensamento não achava atalho para mudar de sintonia. Mas depois de um tempo, notei que sair de um ciclo costumeiro e buscar as coisas boas tinha um impacto real na minha forma de avaliar o dia. Segundo Sarah Ban Breathnach, “reconhecer permanentemente o que está funcionando nas nossas vidas pode nos ajudar não apenas a sobreviver, mas a superar as dificuldades”.
Reconhecer o que funciona e fazer uma lista de coisas boas é quase um ato de rebeldia nesses tempos, em que reclamar tornou-se hábito social.
E quanto desse hábito já incorporamos no nosso cotidiano sem refletir? Enquanto se reclama da chuva, pouco se pensa no que significa o fato de ela cair. Quantas vezes na vida já reclamamos da chuva? E quantas vezes agradecemos pela água?
“O jornalista ficou tocado de modo singular pela narrativa do velho. Será que seria possível o ser humano viver várias vezes na Terra?… Haveria mesmo uma justiça?”
Roselis von Sass, Fios do Destino Determinam a Vida Humana
O pensamento é o leme que direciona a trajetória.
Quando fica demasiadamente solto, deixa todo tipo de influência externa ocupar espaço, ganhar voz e até...
“Para muitos isso poderá tornar-se um caminho pelo qual conseguirão seguir para a ascensão, se aprenderem a sentir, através dos fenômenos terrenamente visíveis, as ondulações mais profundas da vida de matéria fina, com o que surge com o tempo a convicção da existência de efeitos recíprocos absolutamente lógicos.”