“Pensativa, Leopoldina encarou os dois médicos, ao terminarem os seus comentários, inquirindo se havia muita gente no Brasil desejando a liberdade. Com certo receio os dois entreolharam-se e acenaram com a cabeça afirmativamente, acrescentando que o número desses tais já era muito maior do que se poderia supor.
— Isso é muito natural, comentou com firmeza dona Leopoldina, todo país tem o direito de ser livre. Os dois médicos acenaram de novo com a cabeça, em sinal de aprovação. Mas não pretendiam dizer mais nada… ‘Que poderia uma princesa de Habsburgo compreender do imenso desejo de liberdade?’
Não tardou muito, porém, e logo se evidenciou a ambos que ela efetivamente era a favor da libertação do Brasil de Portugal. Mais tarde, quando dona Leopoldina se empenhou de todo pelo movimento da Independência do Brasil, os dois médicos rememoravam a conversa que haviam tido com ela, a bordo.”
Roselis von Sass, Revelações Inéditas da História do Brasil
*Crédito da imagem: Arquiduquesa Leopoldina da Áustria, séc. XVIII, Josef Kreutzinger, óleo sobre tela, Schönbrunn, Áustria.
"Solitária e sem compreender nada se encontra uma alma no recinto de morte. Sem compreender nada, porque o ser humano que jaz no leito se recusou, durante a sua vida terrena, a acreditar na continuação da vida após deixar o corpo de matéria grosseira, jamais pensando nisso com afinco, e zombando de quantos falavam a tal respeito."
A beleza verdadeira comove e convida ao voo. Ela pode ser capturada pelos sentidos e pela alma. Por isso não é acessório. É bálsamo e cura. Para além daquelas grandiosas, as pequenas belezas acendem uma luz no cotidiano. Podem ser vistas ou também sentidas num gesto, numa ação. Cada pessoa, assim como cada povo, tem sua expressão particular de beleza, atuando como doador e colaborador no engrandecimento do mundo.