Entre os povos altamente desenvolvidos
da América do Sul, estavam os incas. Sua forma de ver a vida fez com que
pudessem lidar com muita riqueza sem perder a real noção de valor das coisas.
Para eles, o destino era determinado pela fé e pelos valores nos quais baseavam
a vida.
“Os incas possuíam, decerto, o mais
organizado Estado que havia naquela época. O grande reino que realmente se
expandia nas quatro direções do céu, somente se tornou assim tão grande devido
aos povos que no decorrer do tempo se ligaram aos incas. Os próprios incas
sempre permaneceram em minoria.
Todos os príncipes, reis e chefes de
tribos enviavam seus filhos e filhas para as cidades incas, a fim de aprender o
máximo que pudessem. E, se possível, descobrir o mistério que envolvia os
incas.
Os incas eram realmente um povo
extraordinário. Consideravam seus bens terrenos como se não pertencessem a
eles, mas como propriedade da Terra. Diziam: ‘Todas as pedras, todo o ouro e
todo o alimento vêm da Terra, nela permanecendo. Nem o mínimo grão de ouro pode
ser carregado para além da Terra.’”
Com o olhar voltado para valores
superiores e mandamentos que tratavam do respeito pela natureza e pelo próximo,
os incas exerciam poder de atração e tinham como princípio o fato de que o ser
humano é responsável por tudo o que o atinge.
“Quando me foi permitido reunir-me novamente com meus acompanhantes, para vivenciar mais uma parte do desenvolvimento do meu astro-pátrio, vi que a Terra já estava coberta de verde em muitos lugares.”
Lidar com falhas, imperfeições e erros — os nossos e os dos outros — é um desafio. Vale lembrar que ninguém está pronto, somos inacabados porque em processo de evolução. Colocar-se nos relacionamentos de forma propositiva e auxiliadora, buscando compreender a história, o momento e a maturidade do outro é uma forma de doação. E conforme nos doamos, também recebemos.
“Tudo é interação e reciprocidade.” Alexander von Humboldt