Sibélia Zanon
Às vezes, no meio do gramado, nasce uma miniflor. Uma margarida em tons amarelos com minipistilos. Seu pólen atrai pequenas abelhas e insetos. É como se ela tivesse sido esculpida com o mesmo apreço e a mesma precisão dispensada às maiores obras da natureza. Minuciosamente.
Ao olhar de perto, quem ousaria dizer que uma flor grande tem valor diferente?
Se pensarmos sobre as atividades desenvolvidas pelas pessoas, sejam trabalhos pequenos ou grandes, o que é grandioso?
Quando um trabalho é cuidado do início ao fim e entregue de maneira limpa, quando os prazos são cumpridos, quando o que é prometido é realizado, quando o capricho aparece no acabamento, quando o atendimento é cuidadoso e gentil, quando não há oportunismo, mas há oportunidade de florescer… transparece algo de grande!
Cada pequena ação pode estar impregnada de grandiosidade, quando guiada por um desejo do bem.
“Nas escarpadas encostas, que se situavam como proteção, no lado do poente, eles queriam pernoitar. Ali armaram suas peles em forma de tendas, para se protegerem contra o vento da noite. Construíram um pequeno fogão de pedras, para fazerem fogo à noite.
Então seguiram o caminho até alcançarem o fim da alta planície. O céu irradiava uma indescritível claridade, o Sol declinava e o mar parecia chamejar. No chão branco da margem arenosa e calcária, com leve declive, e cujas beiras eram lavadas pelo mar, pairava um brilho áureo-cintilante...”
Éfeso, Coleção o Mundo do Graal
“Qualquer exercício especial dá sempre apenas um mísero sucedâneo da força consciente da grande simplicidade, que reside na naturalidade do autodomínio permanente.”
Abdruschin, Na Luz da Verdade - Mensagem do Graal