“De repente começou a cair uma garoazinha bem fina. Respirei fundo.
‘O aroma das plantas molhadas pela chuva é uma verdadeira delícia’, disse eu rindo, esfregando meu rosto com uma folha, para que ficasse totalmente molhado.
A garoa logo acabou, e continuamos caminhando até um lago maior, que parecia pertencer exclusivamente aos animais. Tantos animais diferentes alegram-se com sua vida nesse lago, que não podiam passar despercebidos. Vários animais peludos, para mim desconhecidos, nadavam entre as grandes e incontáveis aves aquáticas, de um lado para o outro. De vez em quando mergulhavam, aproximando-se dos muitos pequenos habitantes aquáticos, que nunca subiam à tona d’água. No lago havia também algumas pequenas ilhas, que, aparentemente, serviam de lugares de nidificação.
Afarus, que havia se adiantado um pouco, chegou até um pântano, onde um bando de animais, novos e velhos, se divertiam. Ele julgou que fossem porcos selvagens.
‘Existe aqui uma espécie que se parece com porcos selvagens. São animais grunhidores, mas não são porcos selvagens’, explicou Licos, ao vê-los. Era exatamente a hora em que o Sol estava no ponto mais alto, e seus raios tocavam a Terra com forte calor.
‘Aqui a natureza, por toda a parte, é tão maravilhosamente bela, que se pode pensar que ela está em festa’, disse eu, com os olhos cheios de lágrimas.”
Roselis von Sass, O Nascimento da Terra

“Nas escarpadas encostas, que se situavam como proteção, no lado do poente, eles queriam pernoitar. Ali armaram suas peles em forma de tendas, para se protegerem contra o vento da noite. Construíram um pequeno fogão de pedras, para fazerem fogo à noite.
Então seguiram o caminho até alcançarem o fim da alta planície. O céu irradiava uma indescritível claridade, o Sol declinava e o mar parecia chamejar. No chão branco da margem arenosa e calcária, com leve declive, e cujas beiras eram lavadas pelo mar, pairava um brilho áureo-cintilante...”
Éfeso, Coleção o Mundo do Graal

“COMO A MONTANHA PODE SER TÃO GIGANTE?
GI-GAN-TE?
NINA GOSTA DE PASSEAR NOS OMBROS DO PAI.
COMO SERIA SUBIR EM OMBROS FORTES ATÉ LÁ EM CIMA?
MAIS ALTO… CADA VEZ MAIS…"

"Os seres humanos outrora estavam tão estreitamente ligados aos entes da natureza que confiavam no auxílio deles, e se teriam arriscado em...”
Roselis von Sass, Atlântida. Princípio e o fim da grande tragédia.
