Leopoldina

junho 03, 2017

imagem borboleta saindo do casulo

 

 

Sibélia Zanon

 

Uma visão espiritualista sobre a Imperatriz que consolidou o destino do Brasil

 

 

Roselis von Sass propõe ler o Brasil de forma espiritualizada e efetua um exame detalhado dos fatos que antecederam a Independência do Brasil e culminaram com a emancipação política do país.

Jovem, Maria Leopoldina, princesa da Áustria, viu-se conduzida a um mundo distante – o Brasil. Tornou-se a primeira mulher a ter seu papel político reconhecido no país.

Pode-se dizer que a educação que a princesa recebeu na Áustria foi uma educação-modelo para a sua época. Faziam parte de seus estudos: leitura, escrita, aritmética, alemão, francês, italiano, latim, desenho, pintura e música. Leopoldina era especialmente interessada em mineralogia, botânica, ciências naturais, astronomia e física, tendo ainda talento para a música e a pintura.

Em diversos momentos na sua formação, ela teve a atenção voltada para o Brasil. Inicialmente, aos 10 anos, por conta de um professor de religião, padre jesuíta vindo de Roma, que contava sobre as perseguições aos jesuítas no Brasil, sobre o Descobrimento e a perseguição aos índios. Leopoldina sentia-se atraída por aqueles relatos e passou a conhecer a História do Brasil melhor do que qualquer pessoa na Áustria.

Junto a seu crescimento intelectual, ela passava interiormente por importantes experiências. Quando criança, pôde ver sua mãe falecida em algumas ocasiões. As suas narrativas a este respeito geravam estranheza e certa repulsa nos mais velhos.

Mas aquelas visões tiveram importante influência em sua vida, pois foi dessa forma que ela passou a compreender que as pessoas não morriam realmente, porém “se arrastavam para fora do casulo”. Assim a menina comparava a morte do corpo humano físico com a transformação vivida pelas borboletas.

Naquelas ocasiões, sua mãe aparecia sempre envolta em uma luz azul-clara, e mais tarde Leopoldina viu aquela mesma luz em momentos decisivos e fundamentais de sua vida, podendo confiar nos auxílios que surgiram.

Quando a princesa Leopoldina chegou ao Brasil, tinha 20 anos de idade. Por todo o período em que esteve no país, lutou junto a grandes personagens pela Independência. A vida difícil ao lado de Dom Pedro nunca se constituiu em empecilho para suas importantes realizações. Leopoldina segui sempre em frente, guiada por grandes objetivos.

Uma das personagens mais importantes de nossa história, Leopoldina trouxe, na sua comitiva, cientistas e artistas; no seu espírito, esperança e missão. O grande poder de decisão e a perseverança da Imperatriz influenciaram na formação de novos caminhos para o país, culminando com o famoso grito da Independência.



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— Claros e luminosos degraus conduzem a uma Luz que ninguém poderá descrever. E claros e luminosos entes ajudam as almas a transpor esses degraus para cima, cada vez mais para cima. Há jardins em ambos os lados desses degraus. Maravilhosas e aromáticas flores crescem neles, cuidadas por graciosos entes femininos.

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Ainda me lembro com nitidez daquela cena: ela caminhava apressada com uma folha nas mãos, lendo o conteúdo, enquanto lágrimas se avolumavam em seu rosto. Entrou quase em fuga no vestiário. Eu, que passava pelo corredor nesse exato momento, tive o impulso de segui-la, sentindo que deveria ajudar.

Trabalhávamos em setores distintos, embora próximos, e nossos contatos até então se resumiam a poucas conversas triviais. E eis que, de súbito, me vejo diante dela, agora sentada em um sofá entre os armários do vestiário, com um diagnóstico em mãos: “câncer”. 

O turbilhão em que ela se viu a partir desse dia acabou envolvendo várias pessoas. Entre torrentes de lágrimas, apreensões compartilhadas, histórias inspiradoras contadas, palavras de apoio e carinho, abraços e orações, foi se formando uma comunidade em torno dela, cada um se esforçando para auxiliar como podia. Os laços foram se fortalecendo, pessoas antes dispersas passaram a se integrar e colaborar, sensibilizadas pelo que ocorria.

A partir daquele forte abalo, em que a terra pareceu tremer e escapar de baixo dos pés, muita coisa pôde vir à luz. Nossas conversas cotidianas se tornaram mais profundas e significativas, tocando em temas como a percepção da fragilidade da própria vida, os medos ligados ao que aconteceria consigo e com a família, reflexões sobre o que significou sua jornada até ali, perguntas sobre o real significado da existência, a busca por compreender os porquês, nos campos físico, emocional, espiritual...
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