Quando criança, nas aulas de
educação física, apostávamos corrida. Na sala de aula, quanto mais rápido
fizéssemos a atividade, mais tempo teríamos para brincar. Ao longo dos anos pegamos
gosto pela agilidade, mas perdemos um pouco da paciência.
“Para o homem moderno, a
paciência é tão difícil de praticar quanto a disciplina e a concentração. Todo
o nosso sistema industrial estimula exatamente o oposto: a rapidez”, escreve o
psicanalista Erich Fromm.
Não que a rapidez não tenha sua
relevância em muitos momentos, mas um estímulo unilateral neste sentido pode
gerar um déficit em outras áreas, formando pessoas impacientes, ansiosas, com
dificuldade de concentração.
Muitas vezes, passamos a não
tirar proveito do presente porque queremos antecipar os acontecimentos.
Executamos uma atividade, pensando nas outras coisas que precisamos fazer na
sequência, menos no que estamos realmente fazendo.
“O homem moderno pensa que está
perdendo alguma coisa – tempo – quando não faz as coisas depressa; mas ele não
sabe o que fazer com o tempo que ganha, salvo matá-lo”, alfineta Fromm. Será
que sabemos bem aonde queremos chegar com tanta pressa?
“Os incas daquele tempo não conheciam doenças. Nasciam saudáveis, alimentavam-se corretamente e também respiravam de modo certo; assim, com saúde, podiam deixar a Terra...”