Quando
pequena eu gostava de colecionar sementes que achava no quintal. Chamava-as de
nenéns e cuidava delas como se cuida de gente pequena. Olhava uma a uma e
juntava-as num saquinho de pano ou nos bolsos da calça fofa de veludo.
Colecionar
experiências é tarefa exigente. Depende da intensidade ou atenção com que
vivemos o presente e nele nos movimentamos. Depende da abertura que
desenvolvemos para aproveitar toda a potencialidade daquilo que nos acontece.
Depende, ainda, do poder de maravilhar-se com o ordinário no cotidiano.
Assim,
muitas vezes, uma vivência pode ser despertada por uma observação atenta da
natureza e até mesmo por meio de um filme, um livro, uma notícia, uma música
e não apenas por aquilo que nos atinge de forma intensa, sejam insucessos ou
felicidades.
Contudo,
para conseguir extrair das experiências o significado é preciso movimentar-se.
Isso não significa, necessariamente, buscar experiências extraordinárias, mas
ter o euaberto e atento ao presente e a todos os pequenos e grandes
acontecimentos, refletindo sobre as ações individuais e coletivas, suas motivações,
consequências e significados. Com o olhar alerta, podemos ir colecionando
aquelas sementes do cotidiano, que guardam em si o potencial de brotar
vivências significativas dentro de cada um.
"Conhecia a existência dos espíritos benignos, como sabia dos demônios. Estes últimos originavam-se nos cérebros dos homens. E quem criara os bons espíritos? A resposta logo assomou nele: Tens ainda dúvidas, após empregares o termo criar?’”
"Nenhuma das múltiplas confissões cristãs, oriundas de tantos litígios, se inteirou até hoje de que a erudição não tem nenhum valor se não estiver subordinada à intuição. E que uma tal situação insana já impede de antemão a compreensão de qualquer ensinamento de cunho espiritual."
Roberto C. P. Junior, Jesus ensina as Leis da Criação
"As pessoas que criticavam o seu pai, devido ao seu egoísmo, tinham toda a razão. Amenemhet II defendia o princípio de que o povo estaria sobre a Terra por causa do faraó. Para o bem do país era feito somente aquilo que ao mesmo tempo servisse para proveito do soberano. O príncipe já se entristecera muitas vezes por esse motivo."
Aspectos do Antigo Egito, Coleção o Mundo do Graal