Sublimes virtudes

junho 04, 2022

estátua com flores nas mãos

"Quase com medo, Li-Erl olhou bem para o alto e, contra a vontade, escapou-lhe uma exclamação de máximo encantamento. O rosto da estátua era de uma beleza excelsa. As feições harmônicas pareciam vivificadas por um sorriso que acentuava ainda mais a paz que emanava do deus.


Mergulhado em profunda devoção, Li-Erl ficou parado longo tempo a olhar para o semblante. Depois murmurou, dirigindo-se ao professor:


— Este, quem é?


Lie-Tse deu-lhe a entender que silenciasse. Em seguida os dois encaminharam-se para a saída. Após tão profunda impressão nenhum quis estampar outra imagem na retina. Próximo ao templo havia um pequeno bosque com plantas raras e árvores frondosas. Para lá o ancião conduziu o discípulo, e sentaram-se ambos num banco sobre a relva.


Muito tempo nenhum dos dois falou. Afinal, Li-Erl começou:


— Que deus era aquele que contemplamos? É a imagem do Sublime, de quem tanto me falas?


— Do Sublime ninguém pode fazer uma imagem, Li-Erl; pois nunca ninguém O viu, nunca ninguém O poderá ver. Essa estátua, porém, que tanto te impressionou, representa a personificação de algumas de suas virtudes. Vai repetidamente até lá e procura conhecer-lhe a significação. A imagem revelar-te-á a grandeza do Sublime, se souberes olhar direito."


Lao Tse, Coleção O Mundo do Graal





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