“Deus é a força que impulsiona as leis da natureza, a
força que ninguém ainda compreendeu, que ninguém viu, mas cujos efeitos cada
um, dia a dia, hora a hora, até mesmo nas frações de todos os segundos, tem de
ver, intuir, observar, se apenas quiser ver, em si próprio, em cada animal,
cada árvore, cada flor, cada fibra de uma folha, quando irrompe do invólucro
para chegar à luz.”
Hoje estava passando por um bairro vizinho e, ao olhar as calçadas, pude
pressentir algo diferente, mas nada igual ao que eu veria na sequência...
Um portão antigo de ferro, fechado, deixava vislumbrar o caminho
intocado que levava ladeira acima.
Provavelmente no topo estaria uma casa esquecida, que não teria
recebido visitantes nos últimos tempos. O clima seco, sem chuvas, também teria
colaborado para o que pude ver.
A ladeira, que conduzia para a casa, estava recheada de neve. Nunca
vi igual.
Uma camada alta, fofa e branca. Encantada e... quente.
Havia muito e muito algodão, formando um tapete de pontos felpudos e
brancos. Aconchegante, convidativo, acolhedor.
Olhei para o céu, em busca da fábrica de algodão, e descobri
paineiras irmanadas, carregadas de bolas brancas.
Fiquei feliz por existirem casas abandonadas, onde vassouras e
rastelos ficam preguiçosos, jogados em um velho barracão no jardim de ninguém.
Acho que o tapete, recepção de primavera, foi tecido para os
beija-flores. Agora eles têm muita
matéria-prima para construir suas casas, doçuras arquitetônicas do
inusitado.
E nós, passantes, um pouco tontos, um tanto apressados, podemos de
novo acreditar que ainda existem caminhos macios e brancos para se
trilhar.
"Uma onda de força perfluiu-o, e o conceito de tempo desapareceu por alguns instantes. Sentiu-se arrastado para dentro de uma radiosa corrente de Luz da eternidade, que conduzia a um mundo de paz e amor. ‘Honra a Deus nas alturas!…’ é o que cantava e soava em seu íntimo, ao voltar do mundo de Luz que se abrira ao seu espírito…"
"Com o tempo desenvolveu-se entre os colonizadores espalhados nas margens do grande rio um movimentado intercâmbio com os produtos de seu trabalho.
Eles utilizavam as vias navegáveis para o transporte de suas mercadorias. Com isso se mesclavam os grupos de tribos isoladas. Um aprendia com o outro; um regozijava-se com o progresso do outro, aproveitando suas experiências.
Assim eles eram elos úteis na corrente das forças servidoras desta Criação. Outra coisa também não deveriam ser. Imaculada e límpida permanecia a sua vontade. Quais crianças alegres e cheias de gratidão, serviam ao Criador e ajudavam-se mutuamente."
Aspectos do Antigo Egito, Coleção o Mundo do Graal