“Os povos antigos do Brasil eram bem desenvolvidos não apenas espiritualmente, como também terrenalmente. Eles assemelhavam-se em muito aos primeiros sábios da Caldeia, que viveram há sete mil anos. Principalmente no que se referia aos conhecimentos de botânica, geologia, zoologia e astronomia. Em tudo o que se refere à natureza eles superavam amplamente a ‘civilizada’ humanidade hodierna. Estavam, pois, bem familiarizados com todos os entes que se ocupavam desde o início com o desenvolvimento e a conservação da natureza…
O saber que esses seres humanos possuíam surpreenderia hoje muitos cientistas. Entre outras coisas, conheciam todos os corantes naturais, sabiam como deviam alimentar-se a fim de não perturbar as funções do corpo. Também como extrair o veneno da mandioca, era-lhes conhecido. Curavam doenças e feridas, e fabricavam óleos que apesar de seu aroma agradável espantavam todos os insetos… Até o sexo de uma criança em formação eles eram capazes de determinar antes do nascimento…
Mas havia entre eles também artistas. Estes confeccionavam pequenas obras de arte de madeira, ossos e barro, e também várias flautas, existentes em diversos tamanhos.
Cada tribo maior possuía um escudo, uma espécie de brasão chamado ‘oté’. Geralmente era escolhido um pássaro para tal fim ou também um outro animal. Esse escudo nada tem em comum com o ‘totem’ dos índios norte-americanos. Tinham o mesmo significado que os brasões com os animais das estirpes da nobreza europeia…”
Roselis von Sass, Revelações Inéditas da História do Brasil
“Já existiu algum inventor que descobrisse algo, sem antes estudar minuciosamente as leis da natureza, adaptando-se a elas cuidadosamente?
Nenhum processo técnico, por exemplo, pode desenvolver-se sem que o ser humano se oriente exatamente pelas leis inamovíveis da natureza.”
Roselis von Sass, Fios do destino determinam a vida humana.
Em nosso contexto, é raro haver silêncio interno e externo. Internamente, cada um está com a mente repleta de palavras: um fluxo incessante de pensamentos, que dificultam perceber o significado essencial. Ao mesmo tempo, não abrimos espaço para ouvir: mal escutamos o que vem de fora, especialmente se não confirmarmos nossas ideias, logo pensando em como defender a própria visão. Assim, a palavra frequentemente confunde e separa, em vez de servir de ponte para uma comunicação autêntica.
"Tentar subir às alturas sem fazer pontes firmes é como ver um filme avançando sempre as partes menos importantes no anseio de se chegar ao fim. Quando se vê, no descuido do afã, perdeu-se sem querer a própria história, com suas pequenas e entretecidas ligaduras.
Uma teia de costura falha, só no alinhavo, com pontos longos e distantes que, ao menor sacolejo, se rompe inutilmente."
Caroline Derschner