Daniela Schmitz Wortmeyer
Na busca por saúde e qualidade de vida, cada vez mais pessoas valorizam a boa alimentação. Medidas como evitar alimentos que intoxicam o corpo e priorizar aqueles que proporcionam verdadeira nutrição têm sido associadas ao tratamento e prevenção de diversas doenças, proporcionando disposição e bem-estar. Há quem procure fazer um “detox” por meio de jejum ou dietas específicas, visando purificar e equilibrar o organismo. Constata-se que um corpo intoxicado, congestionado, sobrecarregado é mais frágil e suscetível, reagindo de forma menos eficaz aos inúmeros desafios que surgem no dia a dia.
Mas, se isso tem-se tornado claro em relação ao corpo físico, será que o mesmo ocorre em relação à mente? Estamos atentos a como alimentamos nossos pensamentos, sentimentos e intuições? Buscamos evitar o que nos intoxica e agregar o que realmente nutre e beneficia?
Tenho a impressão de que, em meio à avalanche de informações e preocupações que nos sobrecarregam atualmente, não temos tanta clareza sobre o quanto a “dieta mental” que consumimos afeta profundamente nosso bem-estar e desenvolvimento em sentido amplo.
Com dispositivos eletrônicos em contínua atividade, permitimos que conteúdos nada construtivos invadam nosso espaço mental, desperdiçando tempo e energia preciosos. Desviamos o foco do que poderia ser realmente significativo e nos tornamos ansiosos, exaustos, descontentes e propensos a buscar alívio em direções que trazem, por fim, ainda mais prejuízo.
Seria possível cultivar uma dieta saudável para a mente? Por exemplo, selecionando com mais atenção o que permitimos entrar em nosso campo mental, filtrando o que deixamos alimentar nosso íntimo, colocando limites e estabelecendo pausas?
Além de evitar o que intoxica, é fundamental cultivar o que, de fato, nutre interiormente. Há quem sinta necessidade de aprofundar o contato com a Natureza, outros buscam as artes e trabalhos manuais, outros ainda, conversas e leituras inspiradoras, ou momentos de silêncio e reflexão.
Tenho-me convencido de que aquilo que pode proporcionar paz, alegria e inspiração, favorecendo a conexão com regiões mais leves e elevadas, deve ter espaço obrigatório na agenda, como prática de saúde integral. Ainda que essa receita não nos torne imunes a turbulências e desafios, certamente auxiliará a enfrentá-los com mais equilíbrio, integridade e sabedoria.
“Seguiam cuidadosamente, passo a passo, com a intenção de serem bem sucedidos em sua ação. E as correntes do querer de seus puros pensamentos atraíam cada vez mais forças auxiliadoras de todas as planícies da Criação.”
‘Ouve e escolhe!’ Como que em êxtase espiritual, Alaparos tinha ouvido a voz de seu mestre. Não estava sozinho e desligado da comunidade de Ur. O elo, o misterioso elo, através do qual os iniciados recebiam e transmitiam notícias, ligava-o também.”
Roselis von Sass, A Desconhecida Babilônia
“...permanece incompreensível o fato de suporem que os maravilhosos mundos da natureza se tenham originado do nada, sem a cooperação de mãos ativas…”
Roselis von Sass, O livro do Juízo Final