Fantasia

maio 20, 2015

"— E o povo aceita realmente tais fantasias, como expressão da verdade? indagou este, ceticamente. Em meio à multidão devem existir pessoas que refletem e que não repetem, sem mais nem menos, aquilo que outros lhes querem impingir!

— Mas é conveniente assim; o povo aceita simplesmente e de bom grado o que lhe é ditado pelos sacerdotes.

Muito conclusivo fora isto, dito por Maru, que ainda acrescentou com um sorriso:

— Onde chegaríamos, se todos fossem tão minuciosos como tu, Li-Erl?

— Mas isto é horrível, exclamou o jovem. Aproveitai-vos da infantil credulidade do povo humilde, para impingir-lhe toda classe de inverdades! E também tu, Maru, endossaste tais ações?

O mestre olhava-o sem compreender.

— O que há nisto de horrível? Cada um recebe aquilo que lhe é de proveito. Podes acreditar, Li-Erl, o povo é feliz em sua fantasia, que a ninguém prejudica.


— Certamente que causa prejuízo, interrompeu Li-Erl, impetuosamente."




"Somente as coisas impossíveis exigem crença cega sem reservas, pois cada possibilidade estimula imediatamente o pensar individual. Onde existe a Verdade, que sempre mostra a naturalidade e as consequências lógicas, aí se inicia o pensar e, automaticamente, também a reflexão intuitiva. Cessa somente quando já não existe mais nada natural, onde, portanto, já não se encontra a Verdade. E apenas através da reflexão intuitiva pode uma coisa tornar-se convicção, a qual, unicamente, traz valor ao espírito humano!"






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